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Segurança na Internet

SEGURANÇA NA INTERNET



À medida que os computadores e a Internet ganham cada vez mais preponderância nas nossas vidas, aumentam os crimes informáticos. Para além disso, o cibercrime prossegue a sua vertiginosa escalada, inclusive em Portugal, desde a eclosão da pandemia do novo coronavírus. Neste sentido, é sabido que os ataques informáticos, principalmente os perpetrados nas redes sociais e por meio de correio eletrónico, foram ganhando expressividade devido às fragilidades de segurança inerentes ao teletrabalho. Embora não seja fácil aperceber, do ponto de vista estatístico, a real dimensão da cibercriminalidade, as burlas, para além das extorsões sexuais online (sextortion), têm vindo a assumir a vanguarda do crime cibernético.

A Internet reclama protagonismo como espaço privilegiado dos criminosos. Em Portugal, as queixas por crimes informáticos — em plena ascensão — amontoam-se tragicamente no relatório de análise da criminalidade participada. Para as questões intrínsecas ao ciberespaço e à cibersegurança, todos os dias surgem novas vulnerabilidades e novos métodos de ataque (modus operandi). Sabe-se que o perpetrador de hoje pode ser uma pessoa com vasta formação ou com muito pouca, de qualquer estrato social e com as mais diversas características pessoais.


Tipo de Crimes


De acordo com as denúncias de cibercriminalidade reportadas pelos cidadãos ao Ministério Público, destacam-se quatro tipos de realidades criminógenas com maior expressão:

● defraudações na utilização da aplicação de pagamentos MB WAY;
● difusão de mensagens de email e SMS contendo malware;
● campanhas de phishing e
● extorsão por via de correio eletrónico.


No Combate ao Cibercrime


A Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T) da Polícia Judiciária (PJ), inspirada no modelo adotado pelo European Cybercrime Center (EC3), tem por missão de estímulo operacional especializado, reforçar o ajustamento com as estruturas europeias e internacionais de informação e contrainformação criminal, designadamente com a EUROPOL e INTERPOL.

O Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) atua como coordenador operacional e autoridade nacional especialista em matéria de cibersegurança junto das entidades públicas e das infraestruturas críticas, garantindo que o ciberespaço é utilizado como espaço de liberdade, segurança e justiça, para proteção dos setores da sociedade que materializam a soberania nacional e o Estado de Direito Democrático.

Finalmente, para os casos particularmente complexos, foi criado o Gabinete de Coordenação da Atividade do Ministério Público na área da Cibercriminalidade (Gabinete Cibercrime). Pois trata-se do Gabinete coordenado por um Procurador da República. O Gabinete Cibercrime dá conta da evolução dos fenómenos de cibercriminalidade em Portugal, nomeadamente após o surgimento da situação epidemiológica atual provocada pelo coronavírus SARS-CoV2 e pela doença COVID-19.


Denúncias


Ativa desde 2012, a linha de recebimento de denúncias do Gabinete Cibercrime opera através de cibercrime@pgr.pt. A partir do início de 2016, este endereço eletrónico passou inclusive a aceitar queixas da prática de crimes, nesta área, encaminhadas para o Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa. Por último, importa referir que uma parte importante das denúncias apresentadas por esta via são encaminhas para a Polícia Judiciária.

A Linha Alerta, uma valia do Centro Internet Segura coordenada pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), disponibiliza um serviço para a denúncia de condutas e conteúdos ilegais e/ou potencialmente maliciosos. Aqui, as denúncias recebidas, de forma totalmente anónima através de formulário, contacto telefónico (gratuito) ou correio eletrónico, são triadas, analisadas e fixado o devido seguimento: autoridade policial nacional ou congénere internacional.

Os leitores do raquelpimentel.com são assim encorajados a ajudar nesta luta denunciando práticas suspeitas. Contribua para a sua segurança.


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